Revela-nos o Fundador da Escola Jesus Cristo, Clóvis Tavares, em pregação comemorativa pelos 800 anos de nascimento de São Francisco Assis, em 04 de outubro de 1981:
“Recebi diversas bênçãos dele, através dos séculos, dentre alguns amigos da Escola que foram beneficiados por ele, o Pobrezinho de Assis. (...) É justo que a nossa Casa reverencie este nome abençoado, lembre o seu espírito e a sua obra, o seu amor a Jesus e o seu amor à Humanidade, nestes 800 anos de amor e de saudade. Para nós, nestes 800 anos de amor e de ajuda da parte dele, o Pobrezinho de Assis.”
Diz-nos ele, ainda, que, na manhã de Natal de 1951, o Prof. Pietro Ubaldi, na Escola Jesus Cristo, dirigiu algumas palavras de carinho e agradecimento, em especial ao povo de Campos, por toda ajuda e acolhimento recebidos. E, logo após, em conversa particular com Prof. Clóvis Tavares, contou que havia visto “o espírito de São Francisco entrar pela porta dianteira da Escola, parar no interior do Templo, defronte ao biombo da entrada, e estender as mãos sobre a Escola, sobre o nosso povo, sobre os filhos de Deus que ali estavam, e abençoar a Escola Jesus Cristo. O que quer dizer abençoar os que estavam presentes, abençoar os que não estavam presentes, abençoar os que futuramente estariam aqui. Abençoar a todos nós.”
Em respeito a esta declaração do coração, em memória do fundador de nossa “casa de bênçãos”, prestamos nossa singela homenagem a este Benfeitor de nossa Escola, São Francisco de Assis, em seu dia.
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O Esposo da Pobreza
Júlio Diniz
Francisco de Assis, um dia,
Assim que deixara a orgia
No castelo,
Entregou-se à Natureza,
A uma vida de aspereza
Num canto doce e singelo.
Abandonara a vaidade,
Buscando a paz da humildade,
A santa luz da harmonia;
E nas horas de repouso,
Francisco em estranho gozo
A voz de Jesus ouvia:
– “Filho meu, faze-te esposo
Da pobreza desvalida,
Emprega toda a tua vida
Na doce faina do bem.
Francisco, ouve, ninguém
Vai aos Céus sem a bondade,
Que é a grande felicidade
De todos os corações.
Esquece as imperfeições! ...
Vai, conforta os desgraçados,
Sedentos e esfomeados,
Flagelados pela dor.
Quem alivia e consola,
Recebe também a esmola
Das luzes do meu amor!”
Francisco chorava e ria,
E em divinal alegria
Via os lírios e os jasmins,
Que não fiam, que não tecem,
Com roupagens que parecem
Vestidos de Serafins;
As aves que não trabalham
E no entanto se agasalham,
Nos celeiros da fartura,
Saltando de galho em galho,
Buscando a graça do orvalho,
Bênção do Céu, doce e pura.
Via a terra enverdecida
Exaltando a força e a vida,
A seiva misteriosa
No seio dos vegetais,
E a ânsia cariciosa
Das almas dos animais.
E sobretudo, inda via,
A sacrossanta harmonia
Do coração sofredor,
Que não tendo amor nem luz,
Tem tesouros de esplendor
No terno amor de Jesus.
Francisco de Assis, então,
Submerso o coração
Em sublimes alegrias,
Entregou-se às harmonias
Vibrantes da Natureza,
Tornou-se o amparo da dor
E guiado pelo amor
Fez-se o Esposo da Pobreza...
Fez-se o Esposo da Pobreza...
Júlio Diniz
(Psicografado por Chico Xavier)
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