A Escola Jesus Cristo é uma instituição espírita fundada por Clóvis Tavares, sob inspiração espiritual de Nina Arueira, em 27/10/1935. Inicialmente denominava-se Escola Infantil Jesus Cristo, pois destinava-se a evangelização de crianças sob a luz da doutrina espírita, funcionando em pequena sala da casinha de D. Didi (mãe de Nina Arueira) aos domingos pela manhã, na antiga rua do Mafra; com a frequência de jovens e adultos, as aulas esclarecedoras do jovem Clóvis, a instituição perdeu o adjetivo, passando a denominar-se Escola Jesus Cristo - Instituição Espírita de Cultura e Caridade. O aumento do número de seus frequentadores levou a necessidade de mudar de local e, em 27 de outubro de 1939, no seu quarto aniversário, passa a funcionar em sua sede própria, adquirida pelo seu fundador com auxílio de amigos, na rua dos Goitacazes, 177 – Lapa, Campos dos Goytacazes/RJ. Atualmente, a instituição, funciona diariamente, com serviços de auxílio ao próximo e de aulas e pregações evangélicas e doutrinárias, descritos abaixo, em postagem do dia 30/08/2010.

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30 de setembro de 2011

Leopoldo Machado

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Leopoldo Machado Barbosa, nasceu em 30 de setembro de 1891, Cepa Forte-BA. Leopoldo Machado foi um das figuras mais importantes do Espiritismo brasileiro. Poeta, escritor, dramaturgo, orador e ativista, ele estimulou o estudo da Doutrina, através de aulas e cursos nos Centros Espíritas. Foi grande incentivador das Mocidades Espíritas no Brasil.
Em 1929, mudou-se com sua esposa para o município de Nova Iguaçu, no estado do Rio de Janeiro. Educador por excelência, fundou em 1930, nesta cidade, o Colégio Leopoldo, que se tornou um dos mais conceituados estabelecimentos de ensino daquela região e do próprio Estado.
Simultaneamente, fundou o Lar de Jesus, entregando-o, na inauguração, a direção para sua esposa Marulha Barbosa Machado. Nesta instituição cuidava de diversas crianças, tomando-as como filhas do coração, já que não tivera filhos consaguíneos. Aquelas crianças, de origem carente, receberam instrução e educação segundo o Espiritismo, tornando-se, mais tarde, por concurso professoras ou funcionárias públicas, além de exemplares donas do lar.
Sem descuidar de sua missão espírita, uniu-se aos confrades do Centro Espírita "Fé, Esperança e Caridade" e passou a integrar o grupo de expositores doutrinários da Federação Espírita Brasileira. Mesmo com tosas as atividades no Colégio Leopoldo, no “Fé, Esperança e Caridade” e das palestras na FEB, o autor de Pigmeus contra Gigantes passou a percorrer os Estados promovendo conferências, assistidas por grande número de pessoas.
Nas suas excursões, observou o professor Leopoldo Machado, a conveniência da preparação, nos próprios centros, dos futuros dirigentes das entidades, o que o fez a ampliar os estudos evangélicos infanto-juvenis à adolescência, sob a denominação de Mocidade. Sua iniciativa teve imediata aceitação nas entidades espíritas de quase todo o país, levando-o a promover o I Congresso de Mocidades e Juventudes Espíritas do Brasil no Rio de Janeiro, em 18 a 25 de julho de 148 e a criação do Conselho Consultivo de Mocidades Espíritas. Leopoldo desencarna em 22 de agosto de 1957, na cidade de Nova Iguaçu-RJ.

Fontes: Wikipédia, a enciclopédia Livre.
         Texto de Abstal Loureiro.

22 de setembro de 2011

Cairbar Schutel - "O Bandeirante do Espiritismo"

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        Cairbar de Souza Schutel, nasceu em 22 de setembro de 1868, na cidade do Rio de Janeiro-RJ. Filho de Antero de Souza Schutel e de Rita Tavares Schutel. Torna-se órfão de pai aos quase 10 anos de idade, em abril de 1878; neste mesmo ano fica órfão de mãe, que morre após dar a luz ao seu irmão Antero que viveria apenas 4 anos. Com a morte da mãe, as crianças vão viver com o avô paterno, Dr. Henrique Schutel, no Rio de Janeiro.
        Em 1880 emprega-se em uma farmácia na rua 1 de Março, a Casa Granado, como aprendiz. Ali se especializou como farmacêutico prático. Mudou-se para Piracicaba e depois para Araraquara, onde, em 1891, empregou-se na Farmácia Moura. Em 1893 passou a trabalhar como entregador de mercearia vindo a adquirir, no ano seguinte, um pequeno sítio para cultivar frutas e verduras. Em 1895 um surto de febre amarela grassou em Araraquara. Como prático de farmácia, atuou no combate à moléstia.
        Em 1896 chegou à pequena povoação do Senhor Bom Jesus das Palmeiras do Matão, onde se estabeleceu com uma farmácia. Integrou-se na sociedade local, vindo a tornar-se importante figura, militando na política local, tornando-se vereador e "Prefeito".
        Insatisfeito com as explicações do padre local para os seus constantes sonhos com os falecidos pais, em 1904 passou a frequentar sessões de tiptologia (comunicação dos espíritos por meio de pancadas). Nestas sessões espíritas, conclui que a vida continuava além-túmulo, passando a estudar e vindo a abraçar a doutrina espírita, dela se tornando um dos maiores propagandistas. É conhecido ainda hoje, entre os espíritas, como o Bandeirante do Espiritismo, devido ao empenho com que se dedicou à divulgação do Espiritismo ao longo de sua vida.
        Em 15 de julho de 1905 fundou o "Grupo Espírita Amantes da Pobreza", atual Centro Espírita O Clarim. No mês seguinte, funda o jornal espírita "O Clarim" (15 de agosto), em formato pequeno, que logo se ampliou. Neste período, manteve viva polêmica com o padre João Batista Van Esse. Casa-se com Maria Elvira da Silva Schutel, ainda neste ano, em 31 de agosto.
        No ano de 1912, já conhecido como o "Pai dos Pobres de Matão", funda um pequeno hospital de caridade, para atender aos doentes pobres. Dois anos mais tarde, em 1914, começou a visitar os presos na Cadeia Pública de Matão, onde era chamado sempre que algum detento era acometido de surto psicótico. Dentro dessa linha de atividades, em 1917 estendeu as visitas aos detidos na Cadeia de Araraquara, onde proferia palestras.
        A 15 de fevereiro de 1925, fundou a RIE - Revista Internacional de Espiritismo, publicação mensal dedicada aos estudos dos fenômenos anímicos e espíritas. No período de 19 de agosto de 1936 a 2 de maio de 1937 profere, aos domingos, as conhecidas quinze "Conferências Radiofônicas", através da Rádio Cultura de Araraquara, publicadas posteriormente em livro.
        Após curta enfermidade, falece em Matão-SP, em 30 de janeiro de 1938, vítima de um aneurisma cerebral, na mesma noite, através do médium Urbano de Assis Xavier, comunica-se e sugeriu a seguinte frase para a lápide em seu túmulo: "Vivi, vivo e viverei porque sou imortal".

10 de setembro de 2011

Maria Dolores

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            Maria de Carvalho Leite, nascia na cidade sertaneja de Bonfim de Feira - BA, no dia 10 de Setembro de 1901, filha de Hermenegildo Leite, escrivão da prefeitura, e da doméstica Balmina de Carvalho Leite. Em Bonfim passou a infância junto com três irmãos e duas irmãs. Em 1916, diplomou-se Professora pelo Educandário dos Perdões, considerada pelas colegas e professores como adolescente prodígio, graças a rara inteligência.
            "A poesia começou a senti-la na cidade natal, ainda quase criança, a transformar-se, mais tarde na poetisa de bons versos que todos conhecemos". Reuniu alguns de seus poemas no livro "Ciranda da Vida". sendo reconhecida na Capital pela sua arte, passou a escrever nos jornais "Diário de Notícias" e "O Imparcial" sendo, neste último, Redatora-Chefe da "Página Feminina". Durante 13 anos, escrevera nos jornais citados, mostrando um mundo de ternura que trazia dentro de si, adaptando pseudônimo de "Maria Dolores".
            Dolores lecionou nos Educandário dos Perdões e Ginásio Carneiro Ribeiro, em Salvador. Daí, porque entendemos o seu modo todo especial de ensinar, através dos versos as almas aflitas. Mas a sua vida não poderia ser somente flores: estava-lhe reservada uma prova de sofrimentos morais.
            Casara-se com o médico Odilon Machado. Suportando infeliz consórcio durante alguns anos, finalmente deu-se a solução pelo desquite. Não houve filhos desta união, como nunca os teria Maria Dolores. Em sua peregrinação, morou em várias cidades da Bahia, e foi em Itabuna que conheceu Carlos Carmine Larocca, italiano radicado no Brasil; tornou-se sua companheira ajudando-o, ombro a ombro, em suas atividades.
            Notamos nos seus versos o quanto sofrera, buscando algo que não encontrava: a sua complementação afetiva, tal como fora planejado pela providência, para que buscasse o Amor Maior, que ela soube encontrar um dia - Jesus ! Tanto sofrimento não foi capaz de torná-la indiferente ao sofrimento humano. Na imprensa, falava dos direitos humanos e do sofrimento dos menos felizes. Não foi compreendida: tacharam-na de "comunista" tendo de responder sobre as acusações que lhe faziam, pois fora intimada.
            Em menina, fora católica; em adulta, o sofrimento fizera-lhe conhecer a Doutrina de Allan Kardec, e veio a consolação e aceitação do sofrimento. Tornou-se membro integrante da Legião da Boa Vontade, com o seu espírito aberto e cheio de ideais.
            Fazia campanhas, prendas para os bazares realizados em sua própria casa. Fundara um grupo que se reunia em sua residência todas as semanas, quando saíam para distribuir, nos bairros carentes escolhidos, farnéis, roupas, remédios... Chamavam-se "As Mensageiras do Bem". No natal distribuíam donativos, como também no Dia das Mães. Dolores costurava enxovais, vendia o que era seu e, às vezes, fazia dívidas para si, a fim de ajudar alguém.
            Trazia em si, um grande sentido maternal e, como não lhe foi dado o direito da maternidade, adotou 6 meninas. Carlos (o esposo) estava na Itália quando Dolores adoecera, a pneumonia manifestara-se de uma forma violenta. No dia 27 de Agosto de 1959 ela partia de volta a Pátria Espiritual.

Fonte: Mediunidade e Ação - Chico Xavier - Editora IDEAL 1990.
             A Vida Conta - Chico Xavier
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