A Escola Jesus Cristo é uma instituição espírita fundada por Clóvis Tavares, sob inspiração espiritual de Nina Arueira, em 27/10/1935. Inicialmente denominava-se Escola Infantil Jesus Cristo, pois destinava-se a evangelização de crianças sob a luz da doutrina espírita, funcionando em pequena sala da casinha de D. Didi (mãe de Nina Arueira) aos domingos pela manhã, na antiga rua do Mafra; com a frequência de jovens e adultos, as aulas esclarecedoras do jovem Clóvis, a instituição perdeu o adjetivo, passando a denominar-se Escola Jesus Cristo - Instituição Espírita de Cultura e Caridade. O aumento do número de seus frequentadores levou a necessidade de mudar de local e, em 27 de outubro de 1939, no seu quarto aniversário, passa a funcionar em sua sede própria, adquirida pelo seu fundador com auxílio de amigos, na rua dos Goitacazes, 177 – Lapa, Campos dos Goytacazes/RJ. Atualmente, a instituição, funciona diariamente, com serviços de auxílio ao próximo e de aulas e pregações evangélicas e doutrinárias, descritos abaixo, em postagem do dia 30/08/2010.

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27 de outubro de 2010

ESCOLA JESUS CRISTO - 75 ANOS!



 “Salve, Escola de Jesus,
Que ampara os pequeninos,
Que ao mundo concedes luz,
E dás pão aos peregrinos!”
                     (Lucide Nolasco)
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(Foto – Interior do antigo templo da Escola, na década de 40,
durante uma pregação de Clóvis Tavares)
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Templo
 Escola amiga que encerras
Um templo de luz divina,
Teus ofícios de doutrina
São hinos de amor e luz!
As tuas preces são bênçãos
Teu breviário – é a bondade,
Teu altar – a Humanidade,
Teu sacerdote – é Jesus!
Casimiro Cunha
(Psicografado por Chico Xavier)
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Escola Jesus Cristo – Nosso Templo
            Quanta beleza espiritual nestes conceitos! Que lugar mais sagrado que o templo? Que recinto mais silencioso? Que ambiente mais bendito? A Escola Jesus Cristo é, de fato, um templo do Evangelho onde entramos quase sempre com o coração vazio e de onde saímos invariavelmente fortalecidos. Pois, para além de nossos contatos fraternos e carinhosos, é com Jesus que nos encontramos. Para além das palavras que trocamos, é com Ele, nosso Senhor, que secretamente conversamos. E toda vez que adentramos a nossa Escola-Templo nas manhãs abençoadas de domingo ou noutros dias e noutras horas, é Ele que visitamos, é Dele que precisamos, é com Ele e por causa Dele que nos alegramos, é diante Dele que nos envergonhamos.
            Como é bom entrar no Templo, no Templo que é a própria Escola Jesus Cristo! Quantas bênçãos! Quanta responsabilidade! Quanta paz! Quantas necessidades! Quantas coisas aprendidas! Quantos arrependimentos! Quantas oportunidades! Quantas consolações! Quanta verdade!
            Relata o evangelista Marcos: ‘Durante o dia Jesus ensinava no Templo e à tarde saía para passar a noite no monte chamado das Oliveiras. E todo o povo ia de manhã cedo ter com Ele, no Templo, para O ouvir’ (Mc, 21: 37-38).
            Hoje, como ontem, é preciso escutar Jesus no Templo, indo ao Seu encontro bem cedo, para não perder uma sílaba de Sua Sabedoria! A Escola Jesus Cristo, Templo de oração e meditação, nos convida a escutar Jesus bem cedo, antes que, recordando o apelo dos discípulos de Emaús, seja tarde e o dia já decline.
Celso Vicente Mussa Tavares
Fonte: Periódico “Farol”, da Escola Jesus Cristo - outubro de 2010.
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22 de outubro de 2010

Meimei - "Amor Puro"

Toque de Amor
Deixa que a fé em Deus te ilumine a visão para que te reconheças no lugar de servir.
Indubitavelmente, perceberás a série dos desafios que te rodeiam: o lar talvez difícil, entes amados na desvinculação violenta, incompreensões à mostra, ocorrências que se vestem de lágrimas... Entretanto, não te convertas em tuba da aflição.
Tumulto adia em nós a conexão necessária com a Providência Divina.
Ama e auxilia sem alterar-te.
A rosa acabará florescendo no espinheiral.
As estrelas surgirão varando as trevas.
Deus está agindo.
Na construção da felicidade, onde a provação apareça não te lamentes nem reclames.
Dá o teu toque de amor e Deus fará o resto.
Meimei
(Do livro “Amizade”, psicografado por Chico Xavier)
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Um pouco sobre Meimei:
            Seu nome de batismo, aqui na Terra, foi Irmã de Castro. Nasceu a 22 de outubro de 1922, em Mateus Leme-MG. (...) Com cinco anos ficou órfã de pai. Meimei foi, desde de criança, diferente de todos pela sua beleza física e inteligência invulgar. Era alegre, comunicativa, espirituosa, espontânea.
            O convívio com ela, em família, foi para todos uma dádiva do Céu. Cursou com facilidade o curso primário, matriculou-se, depois, na Escola Normal de Itaúna; porém a moléstia que sempre a perseguia desde pequena – nefrite – manifestou-se mais uma vez quando cursava com brilhantismo o 2º Ano Normal. Sendo a primeira aluna da classe, teve que abandonar os estudos. Mas, muito inteligente e ávida de conhecimentos, foi apurando sua cultura através de boa leitura, fonte de burilamento do seu espírito. Onde quer que aparecesse era alvo de admiração de todos.
            Irradiava beleza e encantamento, atraindo a atenção de quem a conhecesse. Ela, no entanto, modesta, não se orgulhava dos dotes que Deus lhe dera. Profundamente caridosa, aproximava-se dos humildes com a esmola que podia oferecer ou uma palavra de carinho e estímulo. Pura, no seu modo simples de ser e proceder, não era dada a conquistas próprias da sua idade, apesar de ser extremamente bela. Pertencia à digna sociedade de Itaúna.
            Algum tempo depois transferiu-se para Belo-Horizonte a fim de arranjar colocação. (...) Foi nessa época que conheceu Arnaldo Rocha, com quem se casou aos 22 janeiros de idade. Viviam um lindo sonho de amor que durou 2 anos apenas, quando adoeceu novamente. Esteve acamada três meses, vítima da pertinaz doença – nefrite crônica. Apesar de todos os esforços e desvelos do esposo, cercada de médicos, veio a falecer no dia 1º de outubro de 1946, em Belo-Horizonte.
            (...) Seu nome Meimei (expressão chinesa que significa “amor puro”) foi lhe dado em vida, carinhosamente, pelo seu esposo.
Ruth de Castro Mattos
(Livro “Palavras do Coração”, psicografado por Chico Xavier)
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Relato de um caso:
            Meimei havia acabado de casar-se na igreja São José, em Belo-Horizonte, quando na porta apareceu um mendigo, maltrapilho, sujo, cheirando mal. Aproximando-se dela, pediu: “Moça. Me dá uma esmola...” Arnaldo Rocha, o marido, puxou-a delicadamente e disse: “Mas agora? Nós estamos terminando de nos casar!” Meimei, porém, aproximou-se do mendigo e explicou: “Moço, eu nada tenho no momento. Nem bolsa eu tenho. A única coisa que lhe posso dar é um beijo.” Abraçou-o e o beijou (Jornal Espírita 1990).

19 de outubro de 2010

São Pedro de Alcântara - O Reformador Franciscano

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ANTES E AGORA
            Antes era preciso lutar por Jesus nos circos e nos cárceres, afrontando a renunciação e a morte.
Agora é indispensável combater pelo Cristo, em nós mesmos, vencendo o egoísmo e a ignorância.
Antes era necessário crer.
Agora é indispensável edificar.
Antes, o mundo perseguia o discípulo do Cristianismo, impondo-lhe sofrimento e sangue.
Agora, o mundo espera que o aprendiz da luz se disponha a auxiliá-lo e redimi-lo.
Antes, os seguidores da Boa Nova enfrentavam suplícios e feras para se afirmarem com o Senhor.
Agora, pelejam na própria carne para alcançar a perfeição.
Antes, o Benfeitor Inesquecível recomendava: - Ide e pregai!
Agora, o Celeste Emissário, por milhares de vozes que descem da Altura, proclama solene: - Ide e exemplificai!
Antes, o programa.
Agora, a realização.
Filhos do Evangelho, não temamos!
O Mestre Ressuscitado vem de novo às assembléias dos continuadores de Sua obra de redenção humana, reiterando-nos a promessa de que permanecerá conosco até o fim dos séculos!...
Caminhemos servindo, armando o coração de humildade.
Antes, o amor infinito a sustentar-nos!
Agora, o infinito amor a soerguer-nos!
Cristo avança!
Cristo reina!
Ave, Cristo!
Pedro de Alcântara
( Mensagem psicografada por Francisco Cândido Xavier,
   em reunião íntima, realizada em 1948, na cidade de Pedro Leopoldo – MG )
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                   Frei Pedro de Alcântara – Pedro Garavito, seu nome no século, famoso franciscano espanhol, nasceu em Alcântara, em 1499. Foi benemérito reformador da Ordem Franciscana, fundando o ramo chamado “da mais estrita observância”. É o mesmo São Pedro de Alcântara, grande amigo de Santa Teresa D’Ávila, que em sua autobiografia – Vida – relata as grandezas de sua piedade e humildade. Considerado mestre da mística, é o autor do Tratado de Oração e Meditação. São edificantes suas cartas a Teresa de Jesus.
                 Frei Pedro de Alcântara desencarnou em Arenas, Espanha, com 63 anos de idade e 47 de vida religiosa, no dia 18 de outubro de 1562. É um dos devotados Mentores Espirituais do Grupo Meimei, de Pedro Leopoldo, MG, e da Escola Jesus Cristo, em Campos, RJ.
Clóvis Tavares
( Livro: “Tempo e Amor” )

18 de outubro de 2010

Manoel da Nóbrega - "Primeiro Apóstolo do Brasil"

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           Quinze séculos haviam decorrido sem que eu pudesse imolar-me por amor do Cordeiro Divino, como o fizera, um dia, em Roma, a companheira do coração (Referência a Lívia, esposa do senador Públio Lentulus, cuja vida de devotamento e abnegação Emmanuel descreve em “Há Dois Mil Anos”).
 Vi a floresta a perder-se de vista  o patrimônio extenso entregue ao desperdício, exigindo o retorno à humanidade civilizada e, entendendo as dificuldades do silvícola relegado à própria sorte, nos azares e aventuras da terra dadivosa que parecia sem fim, aceitei a sotaina, de novo, e por Padre Nóbrega conheci, de perto, as angústias dos simples e as aflições dos degredados. Intentava o sacrifício pessoal para esquecer o fastígio mundano e o desencanto de mim mesmo, todavia, quis o Senhor que, desde então, o serviço americano e, muito particularmente, o serviço ao Brasil não me saísse do coração.
A tarefa evangelizadora continua. A permuta de nomes não importa.     
Cremos no Reino Divino e pugnamos pela ordem cristã. Desde que reconheçamos a governança e a tutela do Cristo, o nome de quem ensina ou de quem faz não altera o programa. Vale, acima de tudo, a execução...”
( Mensagem de Emmanuel,
psicografada por Chico Xavier em 12/01/1949 )
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Como vemos, antes de reencarnar-se na obscuridade de Sanfins, em Entre-Douro-e-Minho, a 18 de outubro de 1517, quando ainda reinava em Portugal Dom Miguel, o Venturoso, aquele que iria chamar-se Padre Nóbrega visitou, em espírito, o Brasil recém-descoberto, contemplou as florestas extensas, teve a visão do futuro, apiedou-se dos indígenas infortunados e amou a Terra de Santa Cruz que Cabral descobrira...
Em terras de Portugal e Espanha, tão logo reingressa na carne, prepara-se para a grande missão que Deus lhe reservara. Estudou na Universidade de Salamanca, bacharelou-se em cânones na de Coimbra. Ingressando na Companhia de Jesus em 1544, cinco anos depois, designado por Dom João III, vem com Tomé de Souza ao Brasil. Aqui viveu vinte e um anos de dedicações silenciosas e ingentes sacrifícios, evangelizando os silvícolas, ajudando os governadores, pacificando almas, educando e servindo, apostolando e sofrendo. Colaborou grandemente na fundação de Salvador e do Rio de Janeiro. Fundou São Paulo em 1554. Foi conselheiro dos governantes e protetor dos humildes, pai carinhoso dos curumins e enfermeiro dos abandonados, foi professor, pregador, médico, mentor esclarecido, político honesto, servidor de todos.
“Primeiro Apóstolo do Brasil”, na expressão feliz de Simão de Vasconcelos, foi o nosso grande Manuel da Nóbrega, esse “inesquecível e tão ingratamente esquecido Manuel da Nóbrega”, na palavra igualmente justa do nosso grande historiador Capistrano de Abreu.
“Bom jurista, administrador de energia e clarividência, e homem de Deus" – assim o conceitua Serafim Leite.
Ao completar 53 anos, no dia 18 de outubro de 1570, prematuramente envelhecido, marcado por enfermidades e sofrimentos sem conta, desencarna o grande Nóbrega no Colégio do Rio de Janeiro, no antigo Morro do Castelo.
Clóvis Tavares
( Livro: “Amor e Sabedoria de Emmanuel” )

17 de outubro de 2010

75 Anos da Escola Jesus Cristo Espiritual

Hoje comemoramos os 75 ANOS de Fundação da Escola Jesus Cristo do Plano Espiritual que, conforme revelação de Clóvis Tavares, em sua 1ª mensagem, psicografada por Chico Xavier, e do próprio Chico Xavier, foi fundada por Nina Arueira 10 dias antes da terrena, ou seja, no dia 17 de outubro de 1935, na cidade de Nosso Lar, dentro do Ministério do Auxílio, em homenagem a Santa Margarida Maria Alacoque.
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Um pouco sobre Santa Margarida:
Margarida nasceu em 22 de agosto de 1647, em Verosvres, na Borgonha, França. Sua formação cultural e religiosa foi feita por monjas clarissas. Porém, desde cedo enfrentou dificuldades. Seu pai morreu e, logo em seguida, Margarida adoeceu. Sofreu com uma doença desconhecida, vivendo algum tempo na cama. Médicos e remédios não conseguiram curá-la.
Margarida, então, fez uma promessa para Nossa Senhora: se fosse curada, dedicaria sua vida ao serviço de Deus. Logo depois ela ficou curada. Convencida de que passara por uma intervenção divina, aos vinte e quatro anos foi para Paray-le-Monial, e entrou para a Ordem da Visitação, fundada por São Francisco de Sales, sessenta anos antes.
Um ano depois, na festividade de São João Evangelista de 1673, irmã Margarida Maria estava rezando diante do Santíssimo Sacramento. Jesus, então, se manifestou a ela de forma visível. Tal cena iria se repetir durante dois anos, sempre na primeira sexta-feira de cada mês.
Ao falar dessa visões, passou por incompreensões e julgamentos precipitados. Mas o padre jesuita Cláudio de la Colombiére foi indicado para fazer seu acompanhamento espiritual. Ele era muito respeitado no tratamento de experiências místicas. Com discrição o zeloso padre conseguiu penetrar nesse mistério, até referendar as palavras de Margarida Maria.
Ao final de dois anos, na manifestação de 1675, Jesus se apresentou com o peito aberto e, apontando para o coração disse: “Eis o Coração que tem amado tanto aos homens a ponto de nada poupar até exaurir-se e consumir-se para demonstrar-lhes o seu amor. E em reconhecimento não recebo senão ingratidão da maior parte deles.”
Margarida foi nomeada mestra das noviças. E teve o consolo de ver que, aos poucos foi se consolidando a devoção ao Sagrado Coração de Jesus. Morreu suavemente, no dia 17 de outubro de 1690.

4 de outubro de 2010

São Francisco de Assis - O Imitador Perfeito do Cristo


Revela-nos o Fundador da Escola Jesus Cristo, Clóvis Tavares, em pregação comemorativa pelos 800 anos de nascimento de São Francisco Assis, em 04 de outubro de 1981:
  Recebi diversas bênçãos dele, através dos séculos, dentre alguns amigos da Escola que foram beneficiados por ele, o Pobrezinho de Assis. (...) É justo que a nossa Casa reverencie este nome abençoado, lembre o seu espírito e a sua obra, o seu amor a Jesus e o seu amor à Humanidade, nestes 800 anos de amor e de saudade. Para nós, nestes 800 anos de amor e de ajuda da parte dele, o Pobrezinho de Assis.
 Diz-nos ele, ainda, que, na manhã de Natal de 1951, o Prof. Pietro Ubaldi, na Escola Jesus Cristo, dirigiu algumas palavras de carinho e agradecimento, em especial ao povo de Campos, por toda ajuda e acolhimento recebidos. E, logo após, em conversa particular com Prof. Clóvis Tavares, contou que havia visto o espírito de São Francisco entrar pela porta dianteira da Escola, parar no interior do Templo, defronte ao biombo da entrada, e estender as mãos sobre a Escola, sobre o nosso povo, sobre os filhos de Deus que ali estavam, e abençoar a Escola Jesus Cristo. O que quer dizer abençoar os que estavam presentes, abençoar os que não estavam presentes, abençoar os que futuramente estariam aqui. Abençoar a todos nós.
 Em respeito a esta declaração do coração, em memória do fundador de nossa “casa de bênçãos”, prestamos nossa singela homenagem a este Benfeitor de nossa Escola, São Francisco de Assis, em seu dia.
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O Esposo da Pobreza
Francisco de Assis, um dia,
Assim que deixara a orgia
No castelo,
Entregou-se à Natureza,
A uma vida de aspereza
Num canto doce e singelo.
Abandonara a vaidade,
Buscando a paz da humildade,
A santa luz da harmonia;
E nas horas de repouso,
Francisco em estranho gozo
A voz de Jesus ouvia:
– “Filho meu, faze-te esposo
Da pobreza desvalida,
Emprega toda a tua vida
Na doce faina do bem.
Francisco, ouve, ninguém
Vai aos Céus sem a bondade,
Que é a grande felicidade
De todos os corações.
Esquece as imperfeições! ...
Vai, conforta os desgraçados,
Sedentos e esfomeados,
Flagelados pela dor.
Quem alivia e consola,
Recebe também a esmola
Das luzes do meu amor!”
Francisco chorava e ria,
E em divinal alegria
Via os lírios e os jasmins,
Que não fiam, que não tecem,
Com roupagens que parecem
Vestidos de Serafins;
As aves que não trabalham
E no entanto se agasalham,
Nos celeiros da fartura,
Saltando de galho em galho,
Buscando a graça do orvalho,
Bênção do Céu, doce e pura.
Via a terra enverdecida
Exaltando a força e a vida,
A seiva misteriosa
No seio dos vegetais,
E a ânsia cariciosa
Das almas dos animais.
E sobretudo, inda via,
A sacrossanta harmonia
Do coração sofredor,
Que não tendo amor nem luz,
Tem tesouros de esplendor
No terno amor de Jesus.
Francisco de Assis, então,
Submerso o coração
Em sublimes alegrias,
Entregou-se às harmonias
Vibrantes da Natureza,
Tornou-se o amparo da dor
E guiado pelo amor
Fez-se o Esposo da Pobreza...

Júlio Diniz
(Psicografado por Chico Xavier)

3 de outubro de 2010

Allan Kardec: "O Bom Senso Encarnado"

“Fé inabalável só o é a que pode encarar frente a frente a razão, em todas as épocas da humanidade.” (Allan Kardec)

“Caridade e humildade, tal a senda única da salvação. Egoísmo e orgulho, tal a da perdição.” (Allan Kardec)
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Allan Kardec foi o Codificador do Espiritismo, começou a se interessar e estudar os fenômenos espíritas em 1854, aos 50 anos de idade, na França. Seu verdadeiro nome era Hippolyte Léon Denizard Rivail, e ele nasceu em Lyon, França, a 3 de outubro de 1804. Jovem muito inteligente, foi um estudioso de filosofia e pesquisador incansável. Estudou em Yverdun, na Suíça, com o educador Henri Pestalozzi, tornando-se um dos seus mais distintos discípulos e ativo propagador de seu método, que tão grande influência teve na reforma do ensino na França e na Alemanha. Aos quatorze anos de idade já ensinava aos seus colegas menos adiantados, criando cursos gratuitos para os mesmos. Aos dezoito, bacharelou-se em Ciências e Letras. Conhecia a fundo os idiomas francês, alemão, inglês e holandês, além de dominar perfeitamente os idiomas italiano e espanhol. Casou-se em 6 de fevereiro de 1832 com Amélie Gabrielle Boudet. Retornou a Paris, passando a lecionar e escrever várias obras no campo da educação sobre aritmética, geometria, física, química, astronomia, fisiologia e ortografia. Tornou-se membro da Real Academia de Ciências Naturais.
Allan Kardec foi, sem dúvida, um espírito altamente qualificado, moral e intelectualmente, estando preparado para a tarefa de registrar e provar a pluralidade das existências, quando muitos ainda falavam de mistérios, fantasmas e fenômenos sobrenaturais. Depois do período triste da Idade Média, em que era proibido pensar e, mais do que isso, externar o que não fosse do agrado da Igreja de então, novas luzes se acenderam para a humanidade, nos séculos XVIII e XIX, brilhando a filosofia e expandindo-se a ciência. As ponderadas observações do Professor Rivail, com base em deduções lógicas e em princípios científicos, levaram-no a formular uma doutrina sólida, alicerçada no tripé: Filosofia, trabalhando com o pensamento e as idéias; Ciência, trabalhando com a experimentação e a prova; e Religião, desta extraindo os ensinamentos morais e a fé raciocinada. Dissecou as leis de ação e reação, demonstrou que não há efeito sem causa e fez ver a todos como se processam as relações entre o mundo visível, perceptível pelo nossos pobres sentidos, e o mundo invisível. Os chamados fenômenos espíritas deixaram de ser objeto de curiosidade, temor ou gracejo, passando a ser estudados com seriedade e base científica.
Entre 1857 e 1865, Kardec escreveu as cinco obras básicas do espiritismo, chamadas pentateuco kardequiano: O Livro dos Espíritos (filosofia), O Livro dos Médiuns (ciência), O Evangelho Segundo o Espiritismo (moral evangélica), O Céu e o Inferno (tratado sobre a justiça divina) e A Gênese (ensaio que analisa a Terra e o Universo, os milagres e as predições).  Foi O Livro dos Espíritos, publicado em 18 de abril de 1857, considerado como o marco de fundação do Espiritismo. Em 1958 lançou a Revista Espírita em  1 de janeiro  e fundou a primeira sociedade espírita regularmente constituída, com o nome de Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas. Assim Kardec estabeleceu a Doutrina dos Espíritos ou o Espiritismo Cristão, fazendo sucumbir os dogmas seculares que têm atrasado a caminhada da humanidade em busca da verdade, da luz e do esclarecimento.
Kardec passou os anos finais da sua vida dedicado à divulgação do Espiritismo entre os diversos simpatizantes, e defendê-lo dos opositores. Desencarnou em Paris, a 31 de março de 1869, aos 64 anos (65 anos incompletos) de idade, em decorrência da ruptura de um aneurisma, quando trabalhava numa obra sobre as relações entre o Magnetismo e o Espiritismo, ao mesmo tempo em que se preparava para uma mudança de local de trabalho. Está sepultado no Cemitério do Père-Lachaise, uma célebre necrópole da capital francesa. Junto ao túmulo, erguido como os dólmens druídicos, Acima de sua tumba, seu lema: "Nascer, morrer, renascer ainda e progredir sem cessar, tal é a lei", em francês.
Em seu sepultamento, o astrônomo francês e amigo pessoal de Kardec, Camille Flammarion, proferiu o seguinte discurso, ressaltando a sua admiração por aquele que ali baixava ao túmulo: Voltaste a esse mundo donde viemos e colhes o fruto de teus estudos terrestres. Aos nossos pés dorme o teu envoltório, extinguiu-se o teu cérebro, fecharam-se-te os olhos para não mais se abrirem, não mais ouvida será a tua palavra… Sabemos que todos havemos de mergulhar nesse mesmo último sono, de volver a essa mesma inércia, a esse mesmo pó. Mas, não é nesse envoltório que pomos a nossa glória e a nossa esperança. Tomba o corpo, a alma permanece e retorna ao Espaço. Encontrar-nos-emos num mundo melhor e no céu imenso onde usaremos das nossas mais preciosas faculdades, onde continuaremos os estudos para cujo desenvolvimento a Terra é teatro por demais acanhado. (…) Até à vista, meu caro Allan Kardec, até à vista!

Fontes:
- Crônica de Waldir Leite do Jornal do Brasil, 11/07/2004.
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1 de outubro de 2010

Benfeitores e Amigos de Outubro

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01 – Desencarnação de Meimei [Irma de Castro] (1946)
01 – Desencarnação de Salvadora Assis (1975)
01 – Dia de Sta Teresinha de Lisieux
03 – Nascimento de Allan Kardec (1804)
04 – Dia de São Francisco de Assis
09 – Auto de Fé de Barcelona
09 - Nascimento de Inayá de Paula (1914)
09 – Nascimento de Maria da Conceição Souza [Dudu] (1942)
10 – Desencarnação de Bitencourt Sampaio (1985)
11 – Desencarnação de Vinícius [Pedro de Camargo] (1966)
11 – Desencarnação de Flávia Rocha Vasconcelos (1990)
15 – Dia de Sta Teresa D’Ávila
15 - Nascimento de João Amaro de Souza [João Amaral] (1927)
17 – Dia de Sta Margarida Maria Alacoque
17 – Fundação da Escola Jesus Cristo do Plano Espiritual (1935)
17 - Desencarnação de Francisca Ribeiro Barros [D. Chica] (2003)
18 – Nascimento de Pe. Manoel da Nóbrega
18 – Desencarnação de Pe. Manoel da Nóbrega
18 – Desencarnação de Tomás Alva Edison (1931)
18 – Desencarnação de Norival de Souza Nogueira (1958)
19 – Dia de São Pedro de Alcântara
19 – Desencarnação de César Lombroso (1909)
20 – Nascimento de Amaral Ornelas (1885)
22 – Dia de São Simão, o zelota
22 – Nascimento de Meimei [Irma de Castro] (1922)
25 – Desencarnação de Humberto de Campos (1886)
25 – Desencarnação de Aura Celeste (1944)
26 - Desencarnação de Ruy Barbosa M. Guimarães (1988)
27 – Fundação da Escola Jesus Cristo (1935)
28 – Dia de São Judas Tadeu
29 – Nascimento de Antônio da Costa Peixoto (1904)
29 – Nascimento de Clóvis Medina (1911)
29 - Desencarnação Martha Barreto Aguiar (2004)
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"Árvore santa a crescer
Num vigor todo imprevisto,
Produzindo vida eterna, -
Eis a Escola Jesus Cristo."
Cornélio Bastos
(Psicografado por Chico Xavier)
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