A Escola Jesus Cristo é uma instituição espírita fundada por Clóvis Tavares, sob inspiração espiritual de Nina Arueira, em 27/10/1935. Inicialmente denominava-se Escola Infantil Jesus Cristo, pois destinava-se a evangelização de crianças sob a luz da doutrina espírita, funcionando em pequena sala da casinha de D. Didi (mãe de Nina Arueira) aos domingos pela manhã, na antiga rua do Mafra; com a frequência de jovens e adultos, as aulas esclarecedoras do jovem Clóvis, a instituição perdeu o adjetivo, passando a denominar-se Escola Jesus Cristo - Instituição Espírita de Cultura e Caridade. O aumento do número de seus frequentadores levou a necessidade de mudar de local e, em 27 de outubro de 1939, no seu quarto aniversário, passa a funcionar em sua sede própria, adquirida pelo seu fundador com auxílio de amigos, na rua dos Goitacazes, 177 – Lapa, Campos dos Goytacazes/RJ. Atualmente, a instituição, funciona diariamente, com serviços de auxílio ao próximo e de aulas e pregações evangélicas e doutrinárias, descritos abaixo, em postagem do dia 30/08/2010.

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22 de setembro de 2011

Cairbar Schutel - "O Bandeirante do Espiritismo"

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        Cairbar de Souza Schutel, nasceu em 22 de setembro de 1868, na cidade do Rio de Janeiro-RJ. Filho de Antero de Souza Schutel e de Rita Tavares Schutel. Torna-se órfão de pai aos quase 10 anos de idade, em abril de 1878; neste mesmo ano fica órfão de mãe, que morre após dar a luz ao seu irmão Antero que viveria apenas 4 anos. Com a morte da mãe, as crianças vão viver com o avô paterno, Dr. Henrique Schutel, no Rio de Janeiro.
        Em 1880 emprega-se em uma farmácia na rua 1 de Março, a Casa Granado, como aprendiz. Ali se especializou como farmacêutico prático. Mudou-se para Piracicaba e depois para Araraquara, onde, em 1891, empregou-se na Farmácia Moura. Em 1893 passou a trabalhar como entregador de mercearia vindo a adquirir, no ano seguinte, um pequeno sítio para cultivar frutas e verduras. Em 1895 um surto de febre amarela grassou em Araraquara. Como prático de farmácia, atuou no combate à moléstia.
        Em 1896 chegou à pequena povoação do Senhor Bom Jesus das Palmeiras do Matão, onde se estabeleceu com uma farmácia. Integrou-se na sociedade local, vindo a tornar-se importante figura, militando na política local, tornando-se vereador e "Prefeito".
        Insatisfeito com as explicações do padre local para os seus constantes sonhos com os falecidos pais, em 1904 passou a frequentar sessões de tiptologia (comunicação dos espíritos por meio de pancadas). Nestas sessões espíritas, conclui que a vida continuava além-túmulo, passando a estudar e vindo a abraçar a doutrina espírita, dela se tornando um dos maiores propagandistas. É conhecido ainda hoje, entre os espíritas, como o Bandeirante do Espiritismo, devido ao empenho com que se dedicou à divulgação do Espiritismo ao longo de sua vida.
        Em 15 de julho de 1905 fundou o "Grupo Espírita Amantes da Pobreza", atual Centro Espírita O Clarim. No mês seguinte, funda o jornal espírita "O Clarim" (15 de agosto), em formato pequeno, que logo se ampliou. Neste período, manteve viva polêmica com o padre João Batista Van Esse. Casa-se com Maria Elvira da Silva Schutel, ainda neste ano, em 31 de agosto.
        No ano de 1912, já conhecido como o "Pai dos Pobres de Matão", funda um pequeno hospital de caridade, para atender aos doentes pobres. Dois anos mais tarde, em 1914, começou a visitar os presos na Cadeia Pública de Matão, onde era chamado sempre que algum detento era acometido de surto psicótico. Dentro dessa linha de atividades, em 1917 estendeu as visitas aos detidos na Cadeia de Araraquara, onde proferia palestras.
        A 15 de fevereiro de 1925, fundou a RIE - Revista Internacional de Espiritismo, publicação mensal dedicada aos estudos dos fenômenos anímicos e espíritas. No período de 19 de agosto de 1936 a 2 de maio de 1937 profere, aos domingos, as conhecidas quinze "Conferências Radiofônicas", através da Rádio Cultura de Araraquara, publicadas posteriormente em livro.
        Após curta enfermidade, falece em Matão-SP, em 30 de janeiro de 1938, vítima de um aneurisma cerebral, na mesma noite, através do médium Urbano de Assis Xavier, comunica-se e sugeriu a seguinte frase para a lápide em seu túmulo: "Vivi, vivo e viverei porque sou imortal".

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