A Escola Jesus Cristo é uma instituição espírita fundada por Clóvis Tavares, sob inspiração espiritual de Nina Arueira, em 27/10/1935. Inicialmente denominava-se Escola Infantil Jesus Cristo, pois destinava-se a evangelização de crianças sob a luz da doutrina espírita, funcionando em pequena sala da casinha de D. Didi (mãe de Nina Arueira) aos domingos pela manhã, na antiga rua do Mafra; com a frequência de jovens e adultos, as aulas esclarecedoras do jovem Clóvis, a instituição perdeu o adjetivo, passando a denominar-se Escola Jesus Cristo - Instituição Espírita de Cultura e Caridade. O aumento do número de seus frequentadores levou a necessidade de mudar de local e, em 27 de outubro de 1939, no seu quarto aniversário, passa a funcionar em sua sede própria, adquirida pelo seu fundador com auxílio de amigos, na rua dos Goitacazes, 177 – Lapa, Campos dos Goytacazes/RJ. Atualmente, a instituição, funciona diariamente, com serviços de auxílio ao próximo e de aulas e pregações evangélicas e doutrinárias, descritos abaixo, em postagem do dia 30/08/2010.

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13 de julho de 2011

O Bandeirante Cornélio Pires

Lendo livros ou jornais
Guarda no bem a cabeça,
Esqueçamos qualquer mal
Para que o mal nos esqueça.
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Poupa conversa e festança
Onde estejas e onde vais,
Qualquer tempo gasto em vão
É tempo que não vem mais.

(Trovas de Cornélio Pires,
psicografadas por Chico Xavier)
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        Cornélio Pires nasceu na cidade de Tietê, Estado de São Paulo, no dia 13 de julho de 1884. Homem de personalidade inconfundível, tornou-se figura popular e de bastante destaque em todo o Brasil, graças ao trabalho, por ele encetado, de viajar pelas cidades do Interior do Estado de S. Paulo e outros Estados, estreando na condição de caipira humorista.
        Dedicou-se ao jornalismo, trabalhando na redação do jornal "O Comércio de São Paulo". Posteriormente passou a exercer atividades nos jornais "O São Paulo" e "O Estado de São Paulo", tradicional órgão da imprensa paulista, onde desempenhou a função de revisor e, finalmente, no ano de 1914, passou a dar a sua contribuição ao órgão "O Pirralho".
        Numerosos escritores teceram comentários sobre a personalidade de Cornélio Pires e, para ilustração, passemos a citar Joffre Martins Veiga, que em seu trabalho "A Vida Pitoresca de Cornélio Pires", escreveu: "Ninguém amou tanto a sua gente como Cornélio Pires; ninguém se preocupou tanto com seus semelhantes como esse homem, que foi, antes de tudo, um Bom". O famoso poeta Martins Fontes, por sua vez, escrevendo sobre ele, afirmou: "é um bandeirante puro, um artista incansável, enobrecedor da Pátria e enriquecedor da língua".
        Admirado também pelo grande jornalista Amadeu Amaral, este deu-lhe a sugestão de tornasse um dos maiores divulgadores do folclore brasileiro. Pelos idos de 1910, Cornélio Pires lançou o livro "Musa Caipira", obra que foi largamente saudada pela crítica, graças ao seu conteúdo tipicamente brasileiro.
        No início do presente século, Cornélio Pires começou a freqüentar a Igreja Presbiteriana, entretanto não conseguiu conciliar os ensinamentos dessa religião com o seu modo de pensar. Ele não admitia a existência das penas eternas e de um Deus que desse preferência aos seguidores de determinadas religiões. O demasiado apego aos formalismos da letra, na interpretação dos textos evangélicos fez com que ele quase descambasse para o materialismo.
        Nessa época ele desconhecia o que era Espiritismo, entretanto, durante as suas viagens ao Interior, aconteceram com ele vários fenômenos mediúnicos, inclusive algumas comunicações do Espírito Emilio de Menezes, as quais muito o impressionaram. Como consequência ele passou a estudar obras espíritas principalmente as de Allan Kardec, Leon Denis, Albert de Rochas e alguns livros psicografados pelo médium Francisco Cândido Xavier.
        Dali por diante integrou-se decididamente no Espiritismo, interessando-se muito pelos fenômenos de efeitos físicos. Nos anos de 1944 a 1947 ele escreveu os livros "Coisas do Outro Mundo" e "Onde estás, ó morte?", tendo desencarnado quando escrevia "Coletânea Espírita".
        Em um de seus escritos sobre o Espiritismo, dizia ele: "O Espiritismo, mais cedo ou mais tarde, fará aos católicos romanos, aos protestantes e aos adeptos de outros credos, a caridade de robustecer-lhes a Fé, com os fatos que provam a imortalidade da Alma, que se transforma em Espírito ao deixar o invólucro material" e mais adiante "O Espiritismo nos proporciona a FÉ RACIOCINADA, nos arrebata ao jugo do dogma e nos ensina a compreender DEUS como Ele é".
        Pouco antes da sua desencarnação, que aconteceu na cidade de São Paulo, no dia 17 de fevereiro de 1958, Cornélio Pires, demonstrando que havia assimilado o preceito de Jesus Cristo: "Amai ao próximo como a ti mesmo", voltou para a cidade do Tietê e ali comprou uma chácara, onde fundou a "Granja de Jesus", lar destinado a crianças desamparadas. Infelizmente ele não chegou a ver a conclusão da obra.
        Cornélio Pires chegou a organizar o "Teatro Ambulante Cornélio Pires" perambulando de cidade em cidade, sendo aplaudido por toda a população brasileira por onde passava. Esse intento foi concretizado após ter abandonado a carreira jornalística.

Fonte: http://www.espiritismogi.com.br/biografias/cornelio.htm
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