A Escola Jesus Cristo é uma instituição espírita fundada por Clóvis Tavares, sob inspiração espiritual de Nina Arueira, em 27/10/1935. Inicialmente denominava-se Escola Infantil Jesus Cristo, pois destinava-se a evangelização de crianças sob a luz da doutrina espírita, funcionando em pequena sala da casinha de D. Didi (mãe de Nina Arueira) aos domingos pela manhã, na antiga rua do Mafra; com a frequência de jovens e adultos, as aulas esclarecedoras do jovem Clóvis, a instituição perdeu o adjetivo, passando a denominar-se Escola Jesus Cristo - Instituição Espírita de Cultura e Caridade. O aumento do número de seus frequentadores levou a necessidade de mudar de local e, em 27 de outubro de 1939, no seu quarto aniversário, passa a funcionar em sua sede própria, adquirida pelo seu fundador com auxílio de amigos, na rua dos Goitacazes, 177 – Lapa, Campos dos Goytacazes/RJ. Atualmente, a instituição, funciona diariamente, com serviços de auxílio ao próximo e de aulas e pregações evangélicas e doutrinárias, descritos abaixo, em postagem do dia 30/08/2010.

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26 de fevereiro de 2011

Camille Flammarion - O Poeta dos Céus

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            Nicolas Camille Flammarion nasceu em Montigny- Le-Roy, França, no dia 26 de fevereiro de 1842. Flammarion significa “Aquele que leva a luz”. Ele foi um homem cujas obras encheram de luzes o século XIX. Ele era o mais velho de uma família de quatro filhos, entretanto, desde muito jovem se revelaram nele qualidades excepcionais. Aos quatro anos de idade já sabia ler e escrever e aos cinco já dominava rudimentos de gramática e aritmética. Tornou-se o primeiro aluno da escola onde freqüentava.
         Após uma epidemia de cólera, seus pais passaram por dificuldades financeiras e mudaram-se para Paris. Flammarion em 1856, então com quatorze anos de idade, passa a trabalhar para se manter. O trabalho era áspero e o patrão exigia que tudo fosse feito com rapidez. Pretendia completar seus estudos, principalmente a matemática, a língua inglesa e o latim. Passou a estudar na Associação Politécnica de Paris em cursos gratuitos.
         Aos 16 anos de idade, Camille Flammarion foi presidente da Academia. Nessa mesma época escreveu "O Mundo antes da Aparição dos Homens" e "Cosmogonia Universal".   Gostava mais da Astronomia do que da Geologia. Assim era sua vida: passar mal, estudar demais, trabalhar em exagero. Num desmaio na Igreja, o doutor Edouvard Fornié foi consultá-lo e prometeu-lhe colocá-lo no Observatório de Paris como aluno de Astronomia.
         Ele tinha por hábito, como pesquisador nato que era, diariamente, ao passar pelo Odéon, deter-se nas galerias desse teatro para folhear as publicações. Em novembro de 1861, abrindo uma delas, seus olhos pousaram sobre uma página que ostentava o título "Pluralidade dos Mundos". Diz Flammarion: "Ora, precisamente nessa época eu trabalhava numa obra referente a tal assunto, que seria lançada no ano seguinte". A publicação por ele aberta era "O Livro dos Espíritos", de Allan Kardec. O que mais o intrigou é que a origem das informações estava atribuída a espíritos, o que ele resolveu verificar. Refeito da surpresa, levou o volume e leu-o com a sofreguidão de sempre, característica de sua imensa sede de conhecimento.
         Procurou Allan Kardec e passou a assistir as reuniões da Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas. Na Sociedade ele obteve diversas mensagens assinadas por Galileu, algumas das quais Kardec inseriu em "A Gênese". Pouco tempo depois, o mestre, o  convidou a ingressar na Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas, como "Membro Associado Livre". Flammarion declara, sem esconder sua justa satisfação, que o respectivo documento de inscrição, datado de 15 de novembro de 1861, fora assinado pelo próprio Presidente, Allan Kardec. Torna-se espírita convicto e amigo pessoal e dedicado de Allan Kardec, tendo sido o orador designado para proferir as últimas palavras à beira do túmulo do Codificador do Espiritismo, a quem denominou "O Bom Senso Encarnado".
         Em 1862 sai do Observatório de Paris e continua seus estudos, no sentido de legar à Humanidade os mais belos ensinamentos sobre as regiões silenciosas do Infinito. Publica no mesmo ano a sua obra "Pluralidade dos Mundos Habitados", atraindo a atenção de todo o mundo estudioso.     Em 1870 escreveu e publicou um tratado sobre a rotação dos corpos celestes, através do qual demonstrou que o movimento de rotação dos planetas é uma aplicação da gravidade às suas densidades respectivas.
         Funda a revista L´Astronomie, em 1882, que é editada até hoje e que provocaria o surgimento do Boletim Astronômico do Observatório de Paris. Seus livros repletos de ciência, filosofia e poesia granjearam a admiração em todo o mundo. Por essa época recebe a doação de uma imensa propriedade onde após dois anos de obras, instala o seu Observatório de Juvisy, fundando-o em 1883, onde passou a realizar seus trabalhos nas áreas de astronomia, climatologia e meteorologia. Em 1896 descobriu o chamado "Ciclo de Flammarion", período de 54 anos no qual se repetem nas mesmas regiões da Terra os eclipses do Sol.
         Em 28 de janeiro de 1887 reúne em sua residência vários astrônomos, amigos da ciência e colaboradores para criar a Sociedade Astronômica da França. D. Pedro II é um dos primeiros membros fundadores, bem como o "Pai da Aviação" e astrônomo amador, Alberto Santos Dumont.
         Diversas foram as obras escritas por Flammarion e grande foi sua contribuição para a Astronomia e o Espiritismo, tornando-se um baluarte, pois, sempre coerente com suas convicções inabaláveis, foi um verdadeiro idealista e inovador. Ele veio a desencarnar em Juvisy na França, a 3 de junho de 1925. Sobre ele, dizia Gabriel Delanne: "foi um filósofo enxertado em sábio, possuindo a arte da ciência e a ciência da arte". Já Michelet o denominava "poeta dos Céus".

Fonte: http://www.camilleflammarion.org.br/biografia.htm
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