A Escola Jesus Cristo é uma instituição espírita fundada por Clóvis Tavares, sob inspiração espiritual de Nina Arueira, em 27/10/1935. Inicialmente denominava-se Escola Infantil Jesus Cristo, pois destinava-se a evangelização de crianças sob a luz da doutrina espírita, funcionando em pequena sala da casinha de D. Didi (mãe de Nina Arueira) aos domingos pela manhã, na antiga rua do Mafra; com a frequência de jovens e adultos, as aulas esclarecedoras do jovem Clóvis, a instituição perdeu o adjetivo, passando a denominar-se Escola Jesus Cristo - Instituição Espírita de Cultura e Caridade. O aumento do número de seus frequentadores levou a necessidade de mudar de local e, em 27 de outubro de 1939, no seu quarto aniversário, passa a funcionar em sua sede própria, adquirida pelo seu fundador com auxílio de amigos, na rua dos Goitacazes, 177 – Lapa, Campos dos Goytacazes/RJ. Atualmente, a instituição, funciona diariamente, com serviços de auxílio ao próximo e de aulas e pregações evangélicas e doutrinárias, descritos abaixo, em postagem do dia 30/08/2010.

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20 de janeiro de 2011

Clóvis Tavares - 96 Anos de Nascimento

              "Clóvis é, ele mesmo uma certidão de imortalidade." (Chico Xavier)
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            "(...) Clóvis Tavares é uma referência para mim e é também uma rara unanimidade na comunidade espírita. Um destes faróis que nos ajudam a encontrar um norte, um sentido, uma direção a seguir. Um farol alimentado por um combustível poderoso que, de vez em quando me falta: a fé! Uma fé inabalável, a de Clóvis Tavares!" (Marcel Souto Maior)
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(Foto de Clóvis Tavares aos 20 anos de idade,
tirada em 20/01/1935)
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            Nasceu em Campos dos Goytacazes, em 20 de janeiro de 1915, dia de São Sebastião, no distrito de São Sebastião. Afeiçoou-se ao padre da Igreja de São Sebastião, chamado Émille Dés Touches, francês de nascimento. Foi o seu professor de Francês e seu primeiro orientador espiritual.
            Na adolescência, estudando no célebre Liceu de Humanidades de Campos, integrou um grupo de jovens idealistas que decidiram mudar o Mundo. Inscreveram-se no Partido Comunista do Brasil e viveram um sonho de liberdade. Dois desses jovens eram Nina Arueira e Clóvis Tavares, que enamoraram-se e tornaram-se noivos. Inesperadamente, Nina é acometida de uma febre tifóide e Clóvis passa a fazer plantão ao seu lado, passando noites acordado, em vigilância.
            Por um destes mistérios da vida, ela conheceu, já doente, um homem chamado Virgílio de Paula, que a recebeu em sua casa para prestar-lhe tratamento. Era um profundo conhecedor de Teosofia e Espiritismo. Ela interessa-se inicialmente pela Teosofia. Lê "Do Recinto Interno", de Annie Bésant e decide, já no leito, renunciar à política partidária. Conta a Clóvis a sua decisão. Ele passou a escutar de Nina as lições que ela ouvia do Vovô Virgílio. Virgílio de Paula, por sua vez, aos poucos introduziu um pouco de Evangelho em suas conversações com Nina. Foram apenas alguns meses, mas ela desencarnou considerando-se espírita.
            Após o seu desenlace é que Clóvis começou a ler os livros que ela lera no seu estágio derradeiro. E como ocorreu com Nina, ele também apaixonou-se pela visão espiritista. E com o mesmo afinco que se dedicara há apenas alguns meses à política partidária, passa a militar ativamente no meio espírita. Começa a freqüentar o Grupo Espírita João Batista, dirigido pelo Sr. Virgílio de Paula e outros companheiros da primeira hora do Espiritismo em Campos.
            Em pouco tempo, Clóvis passa a realizar palestras doutrinárias que a muitos atraíram por sua fluência evangélica e pelo ardor de seu verbo. Paralelamente a essas atividades, fundou uma escola de Doutrina Espírita para crianças, na casa da mãe de sua antiga noiva, a D. Didi Arueira. Passaram a chamar essa casa de "Escola Infantil Jesus Cristo".
            Iniciou-se uma Era nova para o Espiritismo local, até então conhecido apenas pelas sessões mediúnicas. Com Clóvis, alvorece, em 1935, o Espiritismo da cultura e da prática da caridade. Clóvis sempre priorizou na Escola Jesus Cristo o serviço de amor ao próximo e o estudo doutrinário. A mediunidade ocupava, como até hoje, papel auxiliar. Sempre ensinou ele aos que buscavam ajuda, que, em primeiro lugar, deviam espiritualizar-se pelo estudo e pelo trabalho, para depois libertar-se das possíveis influenciações.
            Paralelamente a atividade espírita, Clóvis Tavares lecionava História em duas escolas e Direito Internacional Público na Faculdade de Direito de Campos. Foi autor de livros espíritas, renunciando, todavia, aos direitos autorias, pois aprendeu com Chico Xavier a doá-los às Editoras que se dedicavam à difusão doutrinária.
            Tornou-se amigo íntimo de Chico Xavier, com quem conviveu por 50 anos. Freqüentava com assiduidade as reuniões do Grupo Meimei, em Pedro Leopoldo. Na década de 50, passou a se corresponder com o sábio italiano Pietro Ubaldi, a quem promoveu duas vindas ao Brasil, a última das quais, definitiva. Traduziu do italiano alguns de seus livros.
            Clóvis desencarnou em 13 de abril de 1984 em sua cidade natal. Declarou que somente se comunicaria, mediunicamente, através de Chico. O que ocorreu alguns meses após seu falecimento, em 22 de novembro de 1984, quando escreveu a primeira de uma série de seis mensagens por intermédio da mediunidade santa do seu querido amigo Chico Xavier.

Fonte: "O Espírita Mineiro" - 291
Autor: Flávio Mussa Tavares
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Palavras de Clóvis Tavares, psicografadas por Chico Xavier:
            "A inteligência na Terra de hoje sabe muito, no entanto, realiza muito pouco no campo do sentimento. Promover o retorno à simplicidade é um empreendimento quase que exclusivamente para gigantes.
            Estamos certos, porém, de que somos pigmeus, à frente de tanta grandeza, mas somos pigmeus de Jesus, somando iniciativas que Ele, o Divino Mestre, abençoa para a nossa felicidade." (trecho da mensagem psicografada em 28/05/1988)
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            "Nunca nos foi possível a discriminação entre ricos e menos ricos ou entre pessoas virtuosas e aquelas julgadas distantes das qualidades espirituais que embelezam as almas.
            Quando me refiro aos 'menos ricos' é porque não compreendo possa existir pobreza ou penúria diante do Cristo de Deus. Os chamados pobres serão realmente pobres ou somos nós os mais ricos de conhecimento que lhes sonegamos a herança de socorro e amor que lhes compete no inventário dos bens que Jesus nos legou?" (trecho da mensagem psicografada em 09/08/1986)
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