A Escola Jesus Cristo é uma instituição espírita fundada por Clóvis Tavares, sob inspiração espiritual de Nina Arueira, em 27/10/1935. Inicialmente denominava-se Escola Infantil Jesus Cristo, pois destinava-se a evangelização de crianças sob a luz da doutrina espírita, funcionando em pequena sala da casinha de D. Didi (mãe de Nina Arueira) aos domingos pela manhã, na antiga rua do Mafra; com a frequência de jovens e adultos, as aulas esclarecedoras do jovem Clóvis, a instituição perdeu o adjetivo, passando a denominar-se Escola Jesus Cristo - Instituição Espírita de Cultura e Caridade. O aumento do número de seus frequentadores levou a necessidade de mudar de local e, em 27 de outubro de 1939, no seu quarto aniversário, passa a funcionar em sua sede própria, adquirida pelo seu fundador com auxílio de amigos, na rua dos Goitacazes, 177 – Lapa, Campos dos Goytacazes/RJ. Atualmente, a instituição, funciona diariamente, com serviços de auxílio ao próximo e de aulas e pregações evangélicas e doutrinárias, descritos abaixo, em postagem do dia 30/08/2010.

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27 de outubro de 2012

Museu de Ciro - 70 Anos

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“(...) os mais felizes não são os que dominam e gozam neste mundo, mas os que compreendem os desígnios divinos, praticando-os na vida, ainda que nos pareçam as criaturas mais desprezíveis e mais desventuradas.” (CIRO)

(Frase do livro 50 Anos Depois, de Emmanuel, psicografado por Francisco Cândido Xavier).
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70 ANOS do
MUSEU DE CIRO
(27/10/1942 – 27/10/1912)
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77 ANOS da
ESCOLA JESUS CRISTO
Instituição Espírita de Cultura e Caridade
(27/10/1935 – 27/10/2012)

12 de setembro de 2012

Teatro Casimiro Cunha

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     O Grupo de Teatro Amador Casimiro Cunha da Escola Jesus Cristo, completa hoje 55 anos de sua inauguração. Na ocasião, a estreia foi com a apresentação da peça "O Barão da Cotia", no Teatro Trianon. Abaixo colocamos a relação de peças apresentadas pelo Grupo, na ordem cronológica.
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HISTÓRICO DAS APRESENTAÇÕES DO TEATRO CASIMIRO CUNHA

1957 “O BARÃO DA COTIA” (setembro) – Estreou em 12 de setembro, Inaugurando o Grupo de Teatro Amador Casimiro Cunha, com a iniciativa e direção de Rubens Fernandes Carneiro.
1960“A SAUDADE” (junho) – O Grupo ficou por três anos sem apresentar peça.
1961“JURAMENTO A LONGO PRAZO” ( julho).
1962“TIO BOÊMIO” (agosto).
1963 “GRANDE MARIDO” (julho e agosto).
1964 “CASA DE BONECA” (setembro).
1965 “A MORATÓRIA” (julho e agosto).
1966“A MORATÓRIA” (outubro).
1967 – “O TERCEIRO HOMEM” (junho).
1968“A MORATÓRIA” (abril).
“MIRANDOLINA” (junho).
1975“O BOI E O BURRO A CAMINHO DE BELÉM” (agosto) – Apresentado em 27 de agosto, no Teatro de Bolso, iniciando-se, com esta peça, o Teatro Infanto-Juvenil sob a coordenação e direção de Hilda Mussa Tavares.
1982“O PEQUENO PRÍNCIPE” (dezembro).
1985“O PEQUENO PRÍNCIPE” (maio e junho).
            “FERNÃO CAPELO GAIVOTA” (novembro e dezembro).
1986“O MENINO DO DEDO VERDE” (novembro).
1987“O MENINO DO DEDO VERDE” (setembro e outubro).
1988“MEU CRISTO PARTIDO” (setembro e outubro).
1989“QUEM SÓ CIGARRA NÃO FORMIGA” (junho).
“O E. T. QUE ERA PRINCIPEZINHO” (novembro).
1990 “NEM PATINHO, NEM FEIO” (agosto).
1991 “PINÓQUIO, UM MENINO DE VERDADE” (outubro e novembro).
            “NATAL DE SABINA” (dezembro).
1992 “ROMÃO E JULINHA” (dezembro).
1993“O MENINO DO DEDO VERDE” (setembro e outubro).
1994“ROMÃO E JULINHA” (dezembro).
1995“QUEM SÓ CIGARRA NÃO FORMIGA” (dezembro).
1996 “NATAL DE SABINA” (14, 15, 21 e 22 de dezembro).
1997 AUTO DE NATAL (dezembro) - Adaptado da peça “Jesus, o Rei”.
1998“NATAL DE SABINA” (dezembro).
1999“PINÓQUIO, UM MENINO DE VERDADE” (dezembro).
 “O BOI E O BURRO A CAMINHO DE BELÉM” (dezembro).
2000 – “NATAL NA RUA”– Adaptação das histórias de Mariazinha e Joãozinho (dezembro).
2001 “O CLAMOR DIVINO DO NATAL” (dezembro) – Uma união dos textos: “Um Conto de Natal”, “Outro Conto de Natal”, “Simão, o Mendigo” e “Natal de Sabina”.
2002“O PÁSSARO AZUL” (19 e 20 de outubro e 23 e 24 de novembro).
2005Leitura Teatral de “O PEQUENO PRÍNCIPE” (11 de dezembro).
2010“SONHO, AMOR E VIDA” (18 e 19 de dezembro) – Uma união das histórias de “Fernão Capelo Gaivota”, “O Pequeno Príncipe” e “O Menino do Dedo Verde”.
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13 de abril de 2012

Clóvis Tavares - 28 Anos de sua Desencarnação

(Foto tirada da pintura em tinta óleo sobre tela de Clóvis Tavares,
que encontra-se exposta no Museu de Ciro da Escola Jesus Cristo)
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(Ao meu pai, Clóvis Tavares)
13 de abril. O corpo já não respira.
Os olhos já não respondem nosso olhar,
Eu tentava acreditar que era mentira,
Eu juro que eu não queria acreditar

Naquele 13 de abril que não se expira,
Como uma fonte que recusa-se a secar,
Como um ponteiro do tempo que não gira,
Como um ruído que não me deixa sonhar.

13 de abril de 1984.
O volvo, imperdoável como um infarto,
Arruína suas possibilidades. Sem saida ...

13 de abril. Aquele dia ingrato
Era apenas o sinal de um novo ato
Do grande espetáculo que será sempre a sua vida.
Luís Alberto Mussa Tavares

6 de novembro de 2011

César Lombroso - O Grande Médico Espírita

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         Nasceu em Verona, Itália, a 6 de novembro de 1835. Cursou Medicina, graduando-se em 1858, pela Real Universidade de Pavia.
         Famoso pelos estudos no campo das relações físicas e mentais que mais tarde se tornou conhecido como antropologia criminal. Foi professor de psiquiatria, de medicina forense e higiene na Universidade de Pavia, assim como professor de psiquiatria e antropologia criminal na Universidade de Turim.
         Foi lenta e árdua, porém, contínua e segura, a marcha de César Lombroso rumo ao Espiritismo. De início, ridicularizava as manifestações psíquicas. Chegava mesmo a insultar os Espíritas.
         Entretanto, certa feita, através de uma carta do seu amigo Ercole Chiaia, chegou ao seu conhecimento a figura de uma mulher Napolitana, analfabeta, de classe humilde, robusta e que se chamava EUSÁPIA PALADINO...
         O seu amigo Chiaia tanto insistiu, que Lombroso, fez absoluta questão de impor as condições. Os demais participantes das reuniões, inclusive a Médium, aceitaram todas as condições impostas por Lombroso.
         Assim, na presença de Lombroso, sob fiscalização rigorosa, estando a Médium segura por duas pessoas, desenrolaram-se fenômenos de transportes de objetos, de materializações parciais, de tiptologia, (mensagem transcendental obtida por meio de pancadas), de vozes diretas e outros da mesma estirpe. Depois de tudo o que presenciou, Lombroso rendeu-se à Verdade.
        Em uma determinada sessão Eusápia Paladino prometeu uma surpresa a Lombroso e esta concretizou-se através da materialização do Espírito de sua própria mãe. Sim, meus amigos, o Espírito da mãe de Lombroso materializou-se e aproximando do seu filho lhe disse: “Cesare, fio mio” e depois retirando, por um momento, o véu que lhe cobria a face, deu-lhe um beijo.
         Lombroso desencarnou no dia 19 de outubro de 1909, em Turim, aos 74 anos de idade.
         César Lombroso pronunciou em um Congresso Espírita: “Estou muito envergonhado e desgostoso por haver combatido com tanta persistência a possibilidade dos fatos chamados espíritas; mas os fatos existem e eu deles me orgulho de ser escravo”.

(Fonte - Jornal Verdade e Luz  Nº 186 de Julho de 2001)

20 de outubro de 2011

Amaral Ornellas - o Poeta do Evangelho

         Adolfo do Amaral Ornellas, nasceu no Rio de Janeiro, em 20 de outubro de 1885, e desencarnou a 5 de janeiro de 1923, com a idade de 37 anos. Poeta, teatrólogo e jornalista, teve atuação brilhante nos meios literários.
        Iniciou-se na Doutrina Espírita, no Centro Espírita "Fé Amor e Caridade Santo Agostinho", onde exerceu diversos cargos. Posteriormente, ingressou na Federação Espírita Brasileira, onde foi diretor, membro da comissão de Assistência aos Necessitados, e secretário da revista "O Reformador". Atuou como médium receitista.
        Do Mundo Maior, Amaral Ornellas enviou, pelo médium Chico Xavier, numerosas poesias, incluídas em vários livros, como: "Parnaso de Além-Túmulo", "Instruções Psicofônicas", "Vozes do Grande Além" e "Poetas Redivivos". Foi considerado o verdadeiro Poeta do Evangelho.
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O Tempo
O tempo é o campo eterno em que a vida enxameia
Sabedoria e amor na estrada meritória.
Nele o bem cedo atinge a colheita da glória
E o mal desce ao paul de lama, cinza e areia.

Esquece a mágoa hostil que te oprime e alanceia.
Toda amargura é sombra enfermiça e ilusória...
Trabalha, espera e crê... O serviço é vitória
E cada coração recolhe o que semeia.

Dor e luta na Terra – a Celeste Oficina –
São portas aurorais para a Mansão Divina,
Purifica-te e cresce, amando por vencê-las...

Serve sem perguntar por “onde”, “como” e “quando”,
E, nos braços do Tempo, ascenderás cantando
Aos Píncaros da Luz, no País das Estrelas!
Amaral Ornellas
Livro: Parnaso de Além-Túmulo
Psicografia de Chico Xavier
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9 de outubro de 2011

Auto de Fé de Barcelona

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Auto de fé de Barcelona foi uma expressão notabilizada por Allan Kardec para se referir à queima, em praça pública, de trezentos livros espíritas, realizada no dia 9 de outubro de 1861 em Barcelona, Espanha. Foi utilizada pela primeira vez no subtítulo do artigo "O resto da Idade Média", publicado em novembro daquele ano na "Revue Spirite".
Maurice Lachâtre, editor francês, achava-se estabelecido em Barcelona com uma livraria, quando solicitou a Kardec, seu compatriota, em Paris, uma partida de livros espíritas, para vendê-los na Espanha.
Quando os livros chegaram ao país, foram apreendidos na alfândega, por ordem do Bispo de Sevilha, Manuel Joaquín Tarancón y Morón, sob a alegação de que "A Igreja católica é universal, e os livros, sendo contrários à fé católica, o governo não pode consentir que eles vão perverter a moral e a religião de outros países"[1]. O mesmo eclesiástico recusou-se a reexportar as obras apreendidas, condenando-as à destruição pelo fogo, na esplanada de Barcelona às 10h30 da manhã. Nela foram queimados exemplares da "Revue Spirite","A Revista Espiritualista", "O Livro dos Espíritos", "O Livro dos Médiuns", "O que é o Espiritismo?", dentre outros títulos.
O evento causou viva impressão através da imprensa de todo o mundo à época, evocando as antigas fogueiras do Santo Ofício, chamando a atenção para as obras espíritas. Kardec, em decorrência deste episódio, comentou: "Graças a esse zelo imprudente, todo o mundo, em Espanha, vai ouvir falar do Espiritismo e quererá saber o que é; é tudo o que desejamos. Podem-se queimar os livros, mas não se queimam as ideias; as chamas das fogueiras as super-excitam em lugar de abafá-las. As idéias, aliás, estão no ar, e não há Pireneus bastante altos para detê-las; e quando uma ideia é grande e generosa, ela encontra milhares de peitos prontos para aspirá-la." ("O resto da Idade Média", in "Revue Spirite", novembro de 1861).

Fonte:Wikipédia, a Enciclopédia Livre
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30 de setembro de 2011

Leopoldo Machado

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Leopoldo Machado Barbosa, nasceu em 30 de setembro de 1891, Cepa Forte-BA. Leopoldo Machado foi um das figuras mais importantes do Espiritismo brasileiro. Poeta, escritor, dramaturgo, orador e ativista, ele estimulou o estudo da Doutrina, através de aulas e cursos nos Centros Espíritas. Foi grande incentivador das Mocidades Espíritas no Brasil.
Em 1929, mudou-se com sua esposa para o município de Nova Iguaçu, no estado do Rio de Janeiro. Educador por excelência, fundou em 1930, nesta cidade, o Colégio Leopoldo, que se tornou um dos mais conceituados estabelecimentos de ensino daquela região e do próprio Estado.
Simultaneamente, fundou o Lar de Jesus, entregando-o, na inauguração, a direção para sua esposa Marulha Barbosa Machado. Nesta instituição cuidava de diversas crianças, tomando-as como filhas do coração, já que não tivera filhos consaguíneos. Aquelas crianças, de origem carente, receberam instrução e educação segundo o Espiritismo, tornando-se, mais tarde, por concurso professoras ou funcionárias públicas, além de exemplares donas do lar.
Sem descuidar de sua missão espírita, uniu-se aos confrades do Centro Espírita "Fé, Esperança e Caridade" e passou a integrar o grupo de expositores doutrinários da Federação Espírita Brasileira. Mesmo com tosas as atividades no Colégio Leopoldo, no “Fé, Esperança e Caridade” e das palestras na FEB, o autor de Pigmeus contra Gigantes passou a percorrer os Estados promovendo conferências, assistidas por grande número de pessoas.
Nas suas excursões, observou o professor Leopoldo Machado, a conveniência da preparação, nos próprios centros, dos futuros dirigentes das entidades, o que o fez a ampliar os estudos evangélicos infanto-juvenis à adolescência, sob a denominação de Mocidade. Sua iniciativa teve imediata aceitação nas entidades espíritas de quase todo o país, levando-o a promover o I Congresso de Mocidades e Juventudes Espíritas do Brasil no Rio de Janeiro, em 18 a 25 de julho de 148 e a criação do Conselho Consultivo de Mocidades Espíritas. Leopoldo desencarna em 22 de agosto de 1957, na cidade de Nova Iguaçu-RJ.

Fontes: Wikipédia, a enciclopédia Livre.
         Texto de Abstal Loureiro.

22 de setembro de 2011

Cairbar Schutel - "O Bandeirante do Espiritismo"

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        Cairbar de Souza Schutel, nasceu em 22 de setembro de 1868, na cidade do Rio de Janeiro-RJ. Filho de Antero de Souza Schutel e de Rita Tavares Schutel. Torna-se órfão de pai aos quase 10 anos de idade, em abril de 1878; neste mesmo ano fica órfão de mãe, que morre após dar a luz ao seu irmão Antero que viveria apenas 4 anos. Com a morte da mãe, as crianças vão viver com o avô paterno, Dr. Henrique Schutel, no Rio de Janeiro.
        Em 1880 emprega-se em uma farmácia na rua 1 de Março, a Casa Granado, como aprendiz. Ali se especializou como farmacêutico prático. Mudou-se para Piracicaba e depois para Araraquara, onde, em 1891, empregou-se na Farmácia Moura. Em 1893 passou a trabalhar como entregador de mercearia vindo a adquirir, no ano seguinte, um pequeno sítio para cultivar frutas e verduras. Em 1895 um surto de febre amarela grassou em Araraquara. Como prático de farmácia, atuou no combate à moléstia.
        Em 1896 chegou à pequena povoação do Senhor Bom Jesus das Palmeiras do Matão, onde se estabeleceu com uma farmácia. Integrou-se na sociedade local, vindo a tornar-se importante figura, militando na política local, tornando-se vereador e "Prefeito".
        Insatisfeito com as explicações do padre local para os seus constantes sonhos com os falecidos pais, em 1904 passou a frequentar sessões de tiptologia (comunicação dos espíritos por meio de pancadas). Nestas sessões espíritas, conclui que a vida continuava além-túmulo, passando a estudar e vindo a abraçar a doutrina espírita, dela se tornando um dos maiores propagandistas. É conhecido ainda hoje, entre os espíritas, como o Bandeirante do Espiritismo, devido ao empenho com que se dedicou à divulgação do Espiritismo ao longo de sua vida.
        Em 15 de julho de 1905 fundou o "Grupo Espírita Amantes da Pobreza", atual Centro Espírita O Clarim. No mês seguinte, funda o jornal espírita "O Clarim" (15 de agosto), em formato pequeno, que logo se ampliou. Neste período, manteve viva polêmica com o padre João Batista Van Esse. Casa-se com Maria Elvira da Silva Schutel, ainda neste ano, em 31 de agosto.
        No ano de 1912, já conhecido como o "Pai dos Pobres de Matão", funda um pequeno hospital de caridade, para atender aos doentes pobres. Dois anos mais tarde, em 1914, começou a visitar os presos na Cadeia Pública de Matão, onde era chamado sempre que algum detento era acometido de surto psicótico. Dentro dessa linha de atividades, em 1917 estendeu as visitas aos detidos na Cadeia de Araraquara, onde proferia palestras.
        A 15 de fevereiro de 1925, fundou a RIE - Revista Internacional de Espiritismo, publicação mensal dedicada aos estudos dos fenômenos anímicos e espíritas. No período de 19 de agosto de 1936 a 2 de maio de 1937 profere, aos domingos, as conhecidas quinze "Conferências Radiofônicas", através da Rádio Cultura de Araraquara, publicadas posteriormente em livro.
        Após curta enfermidade, falece em Matão-SP, em 30 de janeiro de 1938, vítima de um aneurisma cerebral, na mesma noite, através do médium Urbano de Assis Xavier, comunica-se e sugeriu a seguinte frase para a lápide em seu túmulo: "Vivi, vivo e viverei porque sou imortal".

10 de setembro de 2011

Maria Dolores

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            Maria de Carvalho Leite, nascia na cidade sertaneja de Bonfim de Feira - BA, no dia 10 de Setembro de 1901, filha de Hermenegildo Leite, escrivão da prefeitura, e da doméstica Balmina de Carvalho Leite. Em Bonfim passou a infância junto com três irmãos e duas irmãs. Em 1916, diplomou-se Professora pelo Educandário dos Perdões, considerada pelas colegas e professores como adolescente prodígio, graças a rara inteligência.
            "A poesia começou a senti-la na cidade natal, ainda quase criança, a transformar-se, mais tarde na poetisa de bons versos que todos conhecemos". Reuniu alguns de seus poemas no livro "Ciranda da Vida". sendo reconhecida na Capital pela sua arte, passou a escrever nos jornais "Diário de Notícias" e "O Imparcial" sendo, neste último, Redatora-Chefe da "Página Feminina". Durante 13 anos, escrevera nos jornais citados, mostrando um mundo de ternura que trazia dentro de si, adaptando pseudônimo de "Maria Dolores".
            Dolores lecionou nos Educandário dos Perdões e Ginásio Carneiro Ribeiro, em Salvador. Daí, porque entendemos o seu modo todo especial de ensinar, através dos versos as almas aflitas. Mas a sua vida não poderia ser somente flores: estava-lhe reservada uma prova de sofrimentos morais.
            Casara-se com o médico Odilon Machado. Suportando infeliz consórcio durante alguns anos, finalmente deu-se a solução pelo desquite. Não houve filhos desta união, como nunca os teria Maria Dolores. Em sua peregrinação, morou em várias cidades da Bahia, e foi em Itabuna que conheceu Carlos Carmine Larocca, italiano radicado no Brasil; tornou-se sua companheira ajudando-o, ombro a ombro, em suas atividades.
            Notamos nos seus versos o quanto sofrera, buscando algo que não encontrava: a sua complementação afetiva, tal como fora planejado pela providência, para que buscasse o Amor Maior, que ela soube encontrar um dia - Jesus ! Tanto sofrimento não foi capaz de torná-la indiferente ao sofrimento humano. Na imprensa, falava dos direitos humanos e do sofrimento dos menos felizes. Não foi compreendida: tacharam-na de "comunista" tendo de responder sobre as acusações que lhe faziam, pois fora intimada.
            Em menina, fora católica; em adulta, o sofrimento fizera-lhe conhecer a Doutrina de Allan Kardec, e veio a consolação e aceitação do sofrimento. Tornou-se membro integrante da Legião da Boa Vontade, com o seu espírito aberto e cheio de ideais.
            Fazia campanhas, prendas para os bazares realizados em sua própria casa. Fundara um grupo que se reunia em sua residência todas as semanas, quando saíam para distribuir, nos bairros carentes escolhidos, farnéis, roupas, remédios... Chamavam-se "As Mensageiras do Bem". No natal distribuíam donativos, como também no Dia das Mães. Dolores costurava enxovais, vendia o que era seu e, às vezes, fazia dívidas para si, a fim de ajudar alguém.
            Trazia em si, um grande sentido maternal e, como não lhe foi dado o direito da maternidade, adotou 6 meninas. Carlos (o esposo) estava na Itália quando Dolores adoecera, a pneumonia manifestara-se de uma forma violenta. No dia 27 de Agosto de 1959 ela partia de volta a Pátria Espiritual.

Fonte: Mediunidade e Ação - Chico Xavier - Editora IDEAL 1990.
             A Vida Conta - Chico Xavier
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29 de agosto de 2011

Bezerra de Menezes - o "Kardec Brasileiro"

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            Adolfo Bezerra de Menezes Cavalcanti nasceu em 29 de agosto de 1831, Riacho do Sangue-CE. Em 1851 muda-se para o Rio de Janeiro, iniciando os estudos de Medicina. No ano seguinte começa a atuar como interno (residente) na Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro. Dava aulas particulares de filosofia e matemática, para poder estudar. Forma-se em 1856 e é convidado para trabalhar no Exército Brasileiro como assistente de cirurgia.
            Em 6 de novembro de 1858 casa-se com Maria Cândida de Lacerda, que falece de mal súbito em 24 de março de 1863, deixando-lhe dois filhos. Em 1865desposou, em segundas núpcias, Cândida Augusta de Lacerda Machado, irmã por parte de mãe de sua primeira esposa, e que cuidava de seus filhos até então, com quem teve mais sete filhos.
            Dr. Bezerra de Menezes é eleito Vereador em 1860,sendo reeleito em 1864. Em 1866 é eleito Deputado Provincial pelo Rio de Janeiro, encerrando sua carreira política 1885. Foi sócio fundador da Companhia Estrada de Ferro Macaé e Campos (1870).  Empenhou-se na construção da Estrada de Ferro Santo Antônio de Pádua.
            Durante a campanha abolicionista publicou o ensaio "A escravidão no Brasil e as medidas que convém tomar para extingui-la sem dano para a Nação" (1869), onde não só defende a liberdade aos escravos, mas também a inserção e adaptação dos mesmos na sociedade por meio da educação.  Escreveu também outras obras, como "A Casa Assombrada", "A Loucura sob Novo Prisma", "A Doutrina Espírita como Filosofia Teogônica", "Casamento e Mortalha", "Pérola Negra", "Lázaro, o Leproso", "Os Carneiros de Panúrgio", "História de um Sonho" e "Evangelho do Futuro". Sabe-se que Bezerra de Menezes era fluente em pelo menos três línguas além do português: latim, espanhol e francês.
            Conheceu a Doutrina Espírita quando do lançamento da tradução em língua portuguesa de "O Livro dos Espíritos" em 1875, através de um exemplar que lhe foi oferecido com dedicatória pelo seu tradutor, Dr. Joaquim Carlos Travassos. Sobre o contacto com a obra, o próprio Bezerra registrou posteriormente: "Deu-mo na cidade e eu morava na Tijuca, a uma hora de viagem de bonde. Embarquei com o livro e, como não tinha distracção para a longa viagem, disse comigo: ora, Deus! Não hei de ir para o inferno por ler isto… Depois, é ridículo confessar-me ignorante desta filosofia, quando tenho estudado todas as escolas filosóficas. Pensando assim, abri o livro e prendi-me a ele, como acontecera com a Bíblia. Lia. Mas não encontrava nada que fosse novo para meu Espírito. Entretanto, tudo aquilo era novo para mim!… Eu já tinha lido ou ouvido tudo o que se achava no 'O Livro dos Espíritos'. Preocupei- me seriamente com este fato maravilhoso e a mim mesmo dizia: parece que eu era espírita inconsciente, ou, mesmo como se diz vulgarmente, de nascença."
            Com o lançamento do periódico Reformador, por Augusto Elias da Silva em 1883, passou a colaborar com a redação de artigos doutrinários. Após estudar por alguns anos as obras de Allan Kardec, em 16 de Agosto de 1886, aos cinquenta e cinco anos de idade, perante grande público no salão de conferências da Guarda Velha, no Rio de Janeiro, em longa alocução, justificou a sua opção em abraçar o Espiritismo.
            Na década de 1880 o incipiente movimento espírita na capital (e no país) estava marcado pela dispersão de seus adeptos e das entidades em que se reuniam. Havia, ainda, uma clara divisão entre os espíritas ditos "místicos", e os chamados "científicos". Em 1889, Bezerra foi eleito presidente da Federação Espírita Brasileira por ser o único capaz de superar as divisões. Nesse período, iniciou o estudo sistemático de "O Livro dos Espíritos" nas reuniões públicas das sextas-feiras, passando a redigir o Reformador; exerceu ainda a tarefa de doutrinador de espíritos obsessores. Organizou e presidiu um Congresso Espírita Nacional.
            De 1890 a 1891 foi vice-presidente da FEB na gestão de Francisco de Menezes Dias da Cruz, época em que traduziu o livro "Obras Póstumas" de Allan Kardec, publicado em 1892. As divergências continuavam, Bezerra de Menezes afastou-se por algum tempo, continuando a frequentar as reuniões do Grupo Ismael. Aprofundando-se as discórdias na instituição, foi convidado em 1895 a reassumir a presidência da FEB, função que exerceu até à data de seu falecimento. Nesta gestão iniciou o estudo semanal de "O Evangelho segundo o Espiritismo", fundou a primeira livraria espírita no país e ocorreu a vinculação da instituição ao Grupo Ismael e à Assistência aos Necessitados. Foi em meio a grandes dificuldades financeiras que um acidente vascular cerebral o acometeu, falecendo na manhã de 11 de Abril de 1900.
            Pela atuação destacada no movimento espírita brasileiro, Bezerra de Menezes foi considerado um modelo para muitos adeptos da Doutrina. Destacam-lhe a índole caridosa, a perseverança, e a disposição amorosa para superar os desafios. Essas características, somadas à sua militância na divulgação e na reestruturação do movimento espírita no país, fizeram com que fosse considerado o "Kardec Brasileiro", numa homenagem devida ao papel de relevância que desempenhou.
Fonte - Wikipédia, a enciclopédia livre.
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